Estado de São Paulo utilizará sistema de inteligência policial de Nova York

Governo do Estado investe R$ 9,7 milhões em tecnologia da Microsoft baseada em big data e business intelligence para suportar o trabalho da polícia
O sistema inteligente de monitoramento criminal do Estado de São Paulo, o Detecta,

vai utilizar uma nova tecnologia aplicada em Nova York para apoiar o trabalho da polícia. O projeto é fruto da parceria entre Governo do Estado e Microsoft com a polícia da cidade americana.

O contrato de R$ 9,7 milhões estabelece que o Governo do Estado tenha a transferência da propriedade intelectual – compartilhada com a Microsoft – de todas as aplicações que forem desenvolvidas em São Paulo para o sistema de monitoramento inteligente. Desse modo, o Estado poderá continuar o aprimoramento da ferramenta ao trocar experiências com Nova Iorque ou outra cidade que utilize o mesmo sistema.

O acesso à nova etapa do Detecta poderá ser feito por meio de computadores, notebooks, tablets e smartphones pelas entidades Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), Cepol (Centro de Comunicações e Operações da Polícia Civil) e do Ciisp (Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública do Estado de São Paulo).

Chamado de DAS (Domain Awareness System ou Sistema de Domínio da Consciência, em livre tradução), o sistema permite uma função tecnológica chamada de “consciência situacional”, ou seja, o acesso e cruzamento de informações para facilitar aos policiais o entendimento de cada situação.

A nova ferramenta baseia-se em conceitos de Big Data, sendo capaz de armazenar e processar grandes quantidades de informações, bem como de business intelligence, permitindo processar informações para finalidades determinadas previamente – o que possibilita a emissão de alarmes sobre crimes de acordo com critérios estabelecidos pela polícia.

Dessa forma, o software é capaz de atuar como os buscadores de internet para realizar a indexação de grandes quantidades de informação policial e associações automáticas entre esses dados. Assim, as informações coletadas pelo Detecta poderão ser associadas a partir de semelhanças entre elas, seja através de características de um suspeito coletada por câmeras de monitoramento ou a forma como um crime foi praticado.

Com isso, o Detecta conseguirá filtrar informações de diversos bancos seguindo critérios pré-estabelecidos para que seja emitido um alerta sobre crimes. Esses dados serão automaticamente relacionados e apresentados para o usuário, que pode ser um policial de patrulhamento, um investigador ou o responsável pelo planejamento dos recursos de segurança pública em um determinado local.

“Uma inovação muito importante contra o crime. É a primeira vez que esse modelo de sistema, com alarme e monitoramento inteligente, sai dos Estados Unidos e vamos implantá-lo aqui em São Paulo. Esperamos que ele esteja operando em 120 dias. É um software extremamente inteligente que integra informações, buscas, alarmes, ou seja, uma ferramenta importantíssima para o combate ao crime”, avaliou o governador Geraldo Alckmin.

A decisão pela implantação do sistema foi realizada com base em visitas a outros dois países, além dos Estados Unidos, sendo eles Inglaterra e Holanda. De acordo com o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, o sistema de Nova Iorque foi o que mais se aproximou das necessidades buscadas.

“Este projeto é uma oportunidade da Microsoft de colaborar com modelos inovadores de gestão policial com base no uso de tecnologia. O pioneirismo do Governo do Estado de São Paulo, ao adotar o sistema implantado com sucesso em Nova Iorque, será um aliado importante para combater o crime e proporcionar mais segurança aos cidadãos”, destacou Mariano de Beer, presidente da Microsoft Brasil.

Os primeiros resultados desta nova etapa do Detecta estão previstos para quatro meses a partir do início da parceria com o sistema de monitoramento inteligente. No quarto mês, os alertas para 10 mil padrões de crimes que foram desenvolvidos em Nova Iorque serão adaptados para as necessidades da polícia paulista.

No restante do contrato de dez meses, a Microsoft será responsável por desenvolver novos alertas e regras do sistema de acordo com a experiência que estará em desenvolvimento em São Paulo.

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